“Sem adversário”, Timão abre centenário com gols e festa para Marcelinho

Corinthians faz 3 a 0 com facilidade no frágil Huracán e abre oficialmente o ano do centenário

Foi, realmente, um treino. Sem enfrentar resistência, o Corinthians venceu os argentinos do Huracán, na tarde desta quarta-feira, 13, no Pacaembú, em jogo marcado em 2009, quando o clube paulista contratou o meia Matias Defederico junto ao clube do país vizinho. O jogo serviu para o Corinthians mostrar os novos contratados para a torcida – apenas o volante Ralf estreou –, para dar ritmo de jogo ao elenco, que inicia a defesa do título estadual no domingo, 17, contra o Monte Azul, e para fazer festa para o “senhor centenário”, Marcelinho Carioca.

O ex-atacante jogou 45 minutos, deu passes certeitos, mas, cansado, jogou menos do que a Fiel se acostumou a ver. No intervalo, fez seu marketing pessoal com a torcida e chegou a usar um microfone para esbravejar: “Rumo à Libertadores. Vamos ser campeões da Libertadores, porra.”

Em campo, o Corinthians percebeu logo de cara que o Huracán não encararia o jogo como algo “prá valer”. O time viajou ao Brasil repleto de reservas. O técnico foi Héctor Jesús Martinez, coordenador das categorias de base do time portenho. Já no vestiário do Pacaembú, os jogadores perceberam que haviam deixado as caneleiras no hotel. O Corinthians emprestou os equipamentos antes de começar o jogo.

Com a bola rolando, o time paulista foi, aos poucos, chegando perto do gol. O placar foi aberto aos 33 minutos. Jucilei lançou Morais na direita e o atacante cruzou para Souza dominar e tocar no alto: 1 a 0 Corinthians.

Cinco minutos depois, Morais tabelou com Souza, que retribuiu o passe do primeiro gol e deixou o companheiro na cara do goleiro Calviño. Com categoria, Morais tocou por cobertura para ampliar: 2 a 0.

O primeiro chute a gol dos argentinos só aconteceu aos 42 minutos, com Carrizo.

No intervalo, Mano Menezes fez seis substituições de uma só vez. Edno, que entrou no lugar de Souza, perdeu uma chance incrível aos 14 minutos. Dentinho ganhou da zaga, invadiu a área e cruzou, mas o atacante chegou atrasado e cabeceou fraco. O goleiro argentino fez grande defesa e salvou.

Aos 22, Edno arriscou chute de fora da área, mas Calviño espalmou e a bola bateu no travessão.

Mas aos 28 não teve jeito. Dentinho fez um golaço. Recebeu bola da direita de Elias, deu um corte seco em Lemos e, na saída do goleiro, chutou forte e rasteiro no canto esquerdo: 3 a 0.

Daí até o final do jogo o time alvinegro tirou o pé do acelerador e, como não havia adversário a altura, o jogo ficou assim.