quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O peso do cartão vermelho

O jogo entre Grêmio e São Paulo, que terminou empatado em 1 a 1, mostrou como não é impossível expulsar dois ou mais jogadores de uma mesma equipe em um curto período de tempo. O árbitro da partida entres os tricolores, Jaílson Macedo Freitas, mostrou corretamente o vermelho, no segundo tempo, para Borges e Dagoberto em um intervalo inferior a dois minutos, e Jean nos acréscimos, todos do clube paulista.

Não é preciso muita força para lembrar do lance entre o zagueiro Danilo do Palmeiras e Jorge Henrique do Corinthians, do qual jogadores e comissão técnica do time alvinegro reclamaram bastante, cobrando a expulsão do defensor para o árbitro da partida, Heber Roberto Lopes, que havia excluído Marcos da partida, corretamente, minutos antes e optou por punir o defensor palmeirense com cartão amarelo. Pouco depois, Danilo marcou um gol empatando o clássico em 1 a 1.

O lance entre Danilo e Jorge Henrique foi forte. O palmeirense, que admitiu que recebeu uma “colher de chá” do árbitro pelo seu histórico, pode ser punido pelo STJD, e comentários de ambos os parques continuam aparecendo diariamente. Diego Souza chamou Jorge Henrique de cai-cai. Mano Menezes rebateu lembrando as declarações de Fabrício, do Cruzeiro, quando o volante afirmou que Diego era violento. O palmeirense, sabendo das declarações de Mano, que já foi seu treinador no Grêmio, afirmou estar chateado e que tais declarações podem prejudicar sua carreira. Jorge Henrique também não ficou quieto e provocou dizendo que, com ele caindo ou não, o Timão já conquistou dois títulos esse ano (Paulista e Copa do Brasil).

Todas as declaração são totalmente desnecessárias e só servem pra esquentar um próximo encontro dentro de campo entre os envolvidos. Não muda o placar nem a classificação.

Está provado também, e não é de hoje, que não existe equilíbrio no "sistema" de punição atual do futebol brasileiro, e a solução não está no STJD aplicar uma pena, depois da partida, ao jogador que deveria ser punido durante os 90 minutos. Esses julgamentos pós-jogo deixam a impressão de erro dos árbitros, que por sua vez deveriam simplesmente cumprir a regra analisando lance a lance.

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