O Tricolor, no frio Morumbi, venceu o Náutico por 2 a 0.
O curioso é que se alguém ver somente os gols dessa partida, e não tiver acompanhado o noticiário esportivo nos últimos dias, pode muito bem deduzir que o comandante do São Paulo ainda é Muricy Ramalho. O Tricolor balançou a rede adversária como o de costume, aproveitando lances de bola parada.
Acontece que o treinador que estava no banco ontem não é dono da frase "aqui é trabalho, meu filho", e sim o estreante Ricardo Gomes. Prova disso é a participação de Hernanes, que voltou ontem para o time titular com a chegada do novo técnico – e com a braçadeira de capitão. Foi dele o cruzamento para Jean Holt marcar de cabeça o primeiro gol, foi dele o segundo - com ajuda do adversário que desviou sua cobrança de falta.
Capricho do futebol a parte, já que ainda não tratei do assunto por aqui, deixo registrado que não concordei com a demissão de Muricy, pois ela ocorreu no meio da temporada. A diretoria deveria ter dado o respaldo necessário ao técnico, mas ao meu ver, como o clima era ruim, optou pela escolha mais fácil.
Dito isso, acredito que não se pode já colocar em cheque o trabalho do Ricardo Gomes, que não tem em seu currículo grandes conquistas, mas merece o benefício da dúvida.
O futebol, em alguns momentos, tem que ser visto com a razão e como qualquer outro ambiente profissional. Será correto julgar o trabalho de um gerente ou estagiário antes de um período de trabalho? É claro que Gomes sempre andará no fio da navalha. Terá que vencer muito para ouvir pouca críticas e, em caso de derrota, será bombardeado, mas deve-se dar tempo. Elogiar e criticar pelo presente e não pelo passado.
Ok. Ponto final no assunto demissão do Muricy - chegada do Ricardo Gomes
Voltando ao jogo: Washington sofreu a falta que originou o primeiro gol, mas é certo que o atacante chamou atenção para si de forma negativa dando a entender que a bola não estava chegando para ele fazer gols. Cada chance perdida terá peso muito maior. Ontem, saiu vaiado.
É claro que os 2 a 0 não significam que o São Paulo está recuperado, mas a vitória era tudo que o clube e Ricardo Gomes precisavam.
E o Timão, na fria Curitiba, com a equipe toda reserva, perdeu para o Atlético-PR, pelo placar mínimo.
O Corinthians até conseguiu tocar bem a bola, mas sem levar perigo para o gol rival. Souza e Marcelinho, que formaram o ataque titular, além de Lulinha e Otacílio Neto, que entraram no segundo tempo não foram bem. Como resolveu, corretamente, poupar o elenco para a Copa do Brasil, e pela colocação na tabela do Brasileirão, um empate já seria um bom resultado para o alvinegro.
No fim da partida, jogadores do Corinthians e o técnico Mano Menezes reclamaram com o árbitro da partida, Claudio Luciano Mercante Junior, a não marcação de um pênalti no minutos finais. Em um cruzamento, a bola bate no braço de um jogador do Atlético-PR. O árbitro, que tinha boa visão do lance, mandou seguir.
O lance é polêmico, mas acredito que o penal não ocorreu. A bola bate no braço sim, mas o jogador do Atlético-PR está de cabeça baixa, sem ver a bola, e por isso, não há intenção no toque. Como a regra diz que é preciso haver intenção do jogador neste tipo de lance, entendo que o árbitro acertou.
domingo, 28 de junho de 2009
[Opinião] São Paulo e Corinthians na 8º rodada
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