[Opinião] Copa das Confederações só não vale nada quando o Brasil vence

A seleção brasileira estréia daqui a pouco (11h, de Brasília) contra o Egito na Copa das Confederações, que, independente de ser importante o não – sobre isso falo ali embaixo -, tirou Nilmar e Kléber do Internacional, André Santos do Corinthians e Miranda do São Paulo.

Isso prejudicou seu time? Não dá pra esquecer que André Santos, pelo que se tem visto de seus reservas, faz uma baita falta. A zaga do São Paulo também, é inegável, estaria melhor com o zagueiro convocado – Muricy improvisou contra o Santo André.

Esquecendo, porém, o fato de que a convocação para a Copa das Confederações – e dois jogos pelas eliminatórias – fez mal aos times citados, acho que o torneio só é menosprezado quando o Brasil vence e, caso isso não aconteça, o contrário servirá de base para críticas ao técnico Dunga, que leva muita cornetada por ser estreante – e mal-humorado na maioria das entrevistas -. Afinal, existe um preço por se começar a carreira como técnico da seleção brasileira.

Atualmente pesa também a freqüente comparação entre as grandes seleções do mundo. Ontem, a Espanha – seleção européia do momento, campeã da Eurocopa - estreou na Copa das Confederações dando uma goleada de 5 a 0 na Nova Zelândia. Os cinco gols, é bom registrar, foram feitos em ritmo de treino, sem força alguma, como era de se esperar. Ai do Brasil se não fizer contra o Egito algo parecido, não?

E ai. Mesmo a seleção não tendo o carisma do passado. Você não liga de verdade para a Copa das Confederações? E se o Brasil for mal? Ou perder a final sendo goleado por Espanha ou Itália? Tudo bem?

Torcida – A torcida da África do Sul é a mais animada do mundo, mas também é a mais barulhenta. Os anfitriões da Copa têm fôlego invejável, suficiente para soprar cornetas que produzem um barulho constante, alto e irritante durante os noventa minutos. Bom, como Copa na África não é o Torneiro de Wimbledon, tá valendo.